Possíveis candidatos ao Papado que poderá suceder o Papa Francisco, segundo especialista

Nos últimos meses, Edward Pentin, renomado especialista em assuntos do Vaticano, elaborou uma lista com os principais candidatos para assumir o papado após a eventual morte do Papa Francisco que aconteceu nesta segunda-feira, 21 de abril. A seguir, apresentamos os nomes mais destacados:
1. *Péter Erdő*
– *País:* Hungria
– *Idade:* 72 anos
Criado cardeal por João Paulo II, Erdő é o presidente da Conferência Episcopal Húngara e tem trabalhado para reabilitar a figura do cardeal Mindszenty, conhecido por sua luta contra o comunismo na Hungria.
2. *Luis Antonio Tagle*
– *País:* Filipinas
– *Idade:* 67 anos
Atual prefeito do Dicastério para a Evangelização, Tagle é visto como progressista e carismático, com uma forte ênfase em misericórdia e justiça social, alinhando-se ao legado de Francisco. Ele poderia ser o primeiro Papa asiático.
3. *Peter Turkson*
– *País:* Gana
– *Idade:* 76 anos
Ex-presidente do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Turkson é considerado um moderado que combina sensibilidade social e diplomacia. Ele poderia ser o primeiro Papa negro e africano.
4. *Raymond Burke*
– *País:* Estados Unidos
– *Idade:* 76 anos
Apoiado pelo ex-presidente Donald Trump, Burke representa a ala mais conservadora da Igreja e foi um crítico contundente das reformas implementadas por Francisco.
5. *Matteo Zuppi*
– *País:* Itália
– *Idade:* 69 anos
Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é conhecido por seu trabalho em mediação e diálogo inter-religioso, posicionando-se como um progressista dialogante.
6. *Malcom Ranjith*
– *País:* Sri Lanka
– *Idade:* 77 anos
Nomeado bispo por João Paulo II e apoiado por Bento XVI, Ranjith é fluente em dez idiomas e tem uma postura conservadora em questões sociais.
7. *Pietro Parolin*
– *País:* Itália
– *Idade:* 70 anos
Atualmente Secretário de Estado do Vaticano, Parolin é considerado um homem de confiança de Francisco. É reconhecido por sua diplomacia e pragmatismo, sendo visto como um moderado.
8. *Willem Eijk*
– *País:* Países Baixos
– *Idade:* 71 anos
Arcebispo de Utrecht e teólogo tradicionalista, Eijk se opõe às reformas de Francisco em questões de moral sexual e à comunhão para divorciados que voltaram a se casar.
além destes nomes que são considerados favoritos, segundo Edward Pentin, há também os nomes dos cardiais brasileiros que podem ser escolhidos. São eles, o Cardeal Leonardo Ulrich Steiner e o Cardeal Sérgio da Rocha.
Cardeal Leonardo Ulrich Steiner foi anunciado pelo Papa como cardeal da Igreja Católica em maio de 2022, Steiner tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Nascido em Forquilhinha (SC), ele fez sua profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores em 1976, ainda aos 25 anos, e foi ordenado sacerdote dois anos depois. Nomeado bispo em 2005 pelo Papa João Paulo II (1920-2005), ele tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020, após assumir o cargo ocupado por Dom Sergio Castriani desde 2012.
Bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena, o cardeal também obteve a licenciatura e o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma. Ainda em 2020, ele disse ter considerado sua nomeação para cardeal como “uma expressão de carinho, acolhida, proximidade e cuidado do Papa Francisco para com toda a Amazônia”. Ele também declarou que a colaboração que pode oferecer ao Pontífice é fazer com que a Amazônia seja lembrada.
já o Cardeal Sérgio da Rocha nascido em Dobrada, no interior de São Paulo, é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, também em São Paulo, e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. Ele foi professor de Teologia Moral na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1989-2001) e colaborou, em Porto Velho (RO), no Projeto Missionário Sul I / Norte I e na Escola de Teologia Pastoral de São Luiz de Montes Belos.
Antes de assumir a arquidiocese de Salvador, Rocha foi arcebispo em Teresina e em Brasília. Em 2021, Dom Sergio da Rocha foi nomeado membro da Congregação para os Bispos pelo Papa Francisco. A Congregação para os Bispos é um dos principais organismos da Cúria Romana, que cuida da criação das dioceses, da nomeação de bispos, das visitas “ad Limina” e dos encontros de bispos novos. Em 2023, foi nomeado como integrante do Conselho de Cardeais.
Quando o papado fica vago devido à morte ou renúncia do pontífice, os cardeais com menos de 80 anos se reúnem no Conclave na Capela Sistina. Em votações secretas, eles elegem o novo pontífice, que precisa receber dois terços dos votos. Durante esse processo, os cardeais permanecem isolados do mundo exterior até que a fumaça branca anuncie a escolha do novo Papa.
Dos cardeais com direito a voto no próximo conclave, 110 foram nomeados pelo próprio Papa Francisco, 24 por Bento XVI e 6 por João Paulo II, o que certamente influenciará o perfil do próximo pontífice.