Durante um almoço de Natal com o terceiro grupo de repatriados da Faixa de Gaza, no Hotel de Trânsito da Base Aérea de Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a criação de um Estado palestino.
Em seu discurso, nesta segunda-feira (25), Lula disse que vai continuar atuando junto à Organização das Nações Unidas (ONU) para viabilizar a medida e garantir “que os povos possam viver em paz”.
“[Quero dizer] que a nossa diplomacia vai continuar conversando com a diplomacia de Israel para liberar as pessoas que ainda estão na Faixa de Gaza, os companheiros de vocês que querem vir para o Brasil. Enquanto tiver alguém na Faixa de Gaza querendo voltar para o Brasil, nós estaremos à disposição para buscar”, disse o presidente sobre negociações de novos grupos de repatriados.
Ao todo, estavam presentes no almoço 16 brasileiros e 14 familiares. A primeira-dama, Janja da Silva, e o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, também participaram do encontro.
Ainda na ocasião, o presidente lamentou mortes de mulheres e crianças na guerra no Oriente Médio, e disse que “não é humanamente possível aceitar o que está acontecendo na Faixa de Gaza”, assim como “a destruição de todo o patrimônio que foi construído pelo povo palestino”.
O presidente defendeu também a liberação de reféns mantidos no conflito e disse que os repatriados serão acompanhados pelo governo “até que tudo esteja arrumado”.
O terceiro grupo de brasileiros e familiares que deixaram a Faixa de Gaza chegou ao Brasil às 6h53 deste sábado (23). Ao todo, 30 pessoas foram trazidas pela Força Aérea Brasileira (FAB). O país repatriou, desde o início da guerra, mais de 1.500 pessoas.