O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontou para a possibilidade de que o presidente Jair Bolsonaro tenha usado a estrutura do governo federal para desviar presentes oferecidos pela Arábia Saudita. A afirmação foi feita após relatório da Polícia Federal, que serviu como base para a corporação deflagrar uma operação sobre o caso nesta sexta-feira (11).
Dentre os investigados, estão o general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro; e Osmar Crivelatti, tenente do Exército e que foi ajudante de ordens do ex-presidente. Por meio de áudio obtido pela PF, Cid confessa a existência de U$25 mil em espécie na posse de seu pai, mas que seriam pertencentes a Jair Bolsonaro.
Segundo Moraes, as investigações da PF mostram “indícios de que alguns presentes recebidos por Jair Messias Bolsonaro em razão do cargo teriam sido desviados sem sequer terem sido submetidos à avaliação do GADH/GPPR [o gabinete de documentação]”.