O avanço foi verificado nos dados semanais divulgados pelo Ministério da Saúde desde o início de 2021 até o dia 13 de março. O aumento de casos foi de 565,08% para pessoas entre 30 a 39 anos, 626% para pessoas entre 40 a 49 anos e 525,93% para aqueles entre 50 a 59 anos.

De acordo com a Fiocruz, desde o início da segunda onda, na Semana Epidemiológica 46, que se refere ao período de 8 a 14 de novembro de 2020, foi observado um aumento de procura de pacientes jovens sintomáticos nos serviços de saúde. “Este aumento foi maior que o verificado nas demais faixas etárias”, aponta a instituição.

“A investigação chama atenção para o deslocamento da incidência para faixas mais jovens e a manutenção da mortalidade concentrada em faixas mais velhas. Esta mudança ainda é inicial e contribui para o cenário crítico da ocupação dos leitos hospitalares” – Boletim da Fiocruz

Segundo a Fiocruz, ao comparar a Semana Epidemiológica 1 de 2021 e a 10 (7 a 13 de março) o aumento absoluto de casos encontrado foi de 316,88%.

“No entanto, ao analisar as faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos, os pesquisadores observaram um aumento de casos de, respectivamente, 565,08%, 626% e 525,93% – o que sugere um deslocamento para as faixas etárias mais jovens”, analisa a Fiocruz.

Quanto as mortes, a proporção é diferente. O aumento, para este mesmo período, foi de 223,10%. A faixa de 30 a 39 anos teve aumento de 352,62% e houve incremento de 419,23% para a faixa de 40 a 49 anos e de 317,08% para a faixa de 50 a 59 anos.

“A média da idade de pacientes internados vem diminuindo progressivamente. A média da idade dos casos na semana 1 de 2021 foi de 62 anos e de óbitos foi de 71 anos. Os dados mostram que na semana epidemiológica 10, os valores foram 58 anos para casos novos e 66 anos para óbitos. Esta tendência também vem sendo observada em outros países, sempre que comparados os dados de primeira e segunda onda da pandemia”, aponta a Fiocruz.

Fonte: CATRACA LIVRE