Novo presidente da UPB destaca articulação para garantir vacinas contra a Covid-19 para o interior
O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), recém-eleito por aclamação para a presidência da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), comentou a estratégia do governo do estado para garantir as vacinas contra a Covid-19 no interior. Em entrevista a Mário Kertész hoje (15), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele afirmou que os índices, embora com uma leve queda no número de novos casos, continuam alarmantes.
“Temos um problema que mais nos preocupa. Temos mais de 15 dias caindo a quantidade de pessoas contaminadas. Mas o índice de UTI continua no mesmo padrão. Isso mostra que essa variante é muito mais pesada que a outra. Há pessoas com 30, 35 anos na UTI. Não é uma coisa de que, no mês de julho, tínhamos 250 contaminadas e com UTI de 80%. Você diminui isso, mas aumentou a quantidade de pessoas na UTI”, disse gestor.
Ainda de acordo com o prefeito da UPB, o contrato firmado com o Fundo Soberano Russo para que o estado da Bahia possa fazer a compra de 9,7 milhões de doses da vacina russa Sputnik V vai garantir uma ampla cobertura no estado, principalmente no interior. “O governador Rui Costa, graças a Deus, tem sido muito correto, se você avaliar. Se o governo tivesse tido as mesmas intenções, a gente estava em outra situação. O governador comprou agora quase 10 milhões de doses da vacina. Isso irá pegar grande parte da vacina, chega a mais de 70% da Bahia. Ele tem se reunido com os prefeitos e vem dizendo que será um grande apoio aos municípios. Alguns municípios de pequeno porte que não teriam condição de comprar vacinas”, afirmou.
De acordo com o governo do estado, o primeiro lote do imunizante chega em abril e as vacinas poderão ser aplicadas na população imediatamente. Para o prefeito, somente a chegada das vacinas pode garantir um retorno à normalidade. “Não existe outro ponto, é a vacina. Enquanto a gente não tiver a vacina, a gente vai continuar enxugando gelo. Todo dia uma opinião, aparece uma coisa, mas não tem aquela receita completa entre fechar tudo e não fechar. O mês de julho, aquele que a gente teve um lockdown total, foi o mês que a gente teve o maior avanço de Covid da história. Qual é a prática certa? É não aglomerar”, destacou.
Questionado por MK sobre os problemas vividos pelo município de Jequié, Zé Cocá apontou diversas situações ruins e que a gestão municipal terá de resolver. “Eu sempre digo que Jequié é uma cidade tão arrasada que não tem como focar em um item ou dois. A cidade vive um momento caótico na educação. Escolas ruins, um município que vive defasado e um problema seríssimo em nosso quadro. Não é só na educação, um município que era para ter, no mínimo 80 ou 90% de cobertura de PSF. Nós temos menos de 60% de cobertura. As unidade estragadas e um atendimento muito ruim. É uma cidade que vem com menos de 50% da cidade pavimentada”, pontuou o gestor municipal.
Fonte: Metro1