Em dois meses de governo, notamos que a gestão do prefeito Fábio Gusmão muito tem aparecido em produções publicitárias difundidas em redes sociais, que logo, se não houver certa prudência, poderá lhe custar uma crise de espetacularização contra a informação, como deveria ser. Talvez, ele ou seus auxiliares considerem o espetáculo mais apropriado como proposta de ‘nova história. Saberemos quando os valores forem revelados. Não podemos crer que sejam, tais produções, realizadas de forma voluntária, de graça como oferta de boa-fé. Existem pessoas e equipamentos evolvidos. Quem são os profissionais e de onde vêm os equipamentos contratados, logo conheceremos. Afinal, tratar-se-á de conteúdos públicos e requerem prestação de contas.

Por falar em prestação de contas, observem na empresa para a aquisição de pneus para suprir a frota de veículos, em atendimento nas secretarias de administração e saúde, conforme Extrato de Contrato Nº 045/2021: Uma empresa com o nome fantasia de Jardim Serviços e Recuperação de Pastagens LTDA, (hã! Fazenda Miramar) situada na Zona Rural de Maiquinique, que poderá receber R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) para fornecer pneus?! Pelo o que conheço dos vaidosos em estado de poder, dirão: e daí, é a nossa vez!

Mas, a real resposta deve ser nos dada pelos vereadores, bem como, também, pelo ministério público: Como será possível e competência de uma empresa que presta serviços de recuperação de pastagens, vender artefato feito de borracha, para uso em automóveis, por meio de contrato com uma instituição pública? Qual o objeto e o objetivo da empresa em questão? Méritos e razões, ficam por conta dos tribunais.

Por assim parecer, no descortinar da ‘nova história’, será que o governo de Fábio Gusmão pretende continuar mais espetaculoso e menos explicativo? Prestem atenção nos gastos públicos, nada é tão simples e belo. Em apenas dois meses, o trem já parece torto porque somos fragilizados como sociedade. Se não tomarmos cuidado, poderá mais adiante, uma empresa de recuperação de pastagem fornecer merenda escolar e insumos de saúde. Mas, quando o pano cair, os canastrões poderão se nos revelar em seus vales e valores.

E daí?! Como se numa campanha eleitoral, até quando a fantasia da espetacularização do governo de Fábio Gusmão pretende manter o controle da situação para que a população não seja mais fiscalizadora e atuante? Essa prerrogativa seria atribuição das outras autoridades. É… Eu falo aos tantos de nós, como resultado de lutas: Talvez, treze mil e quinhentos reais, possa parecer pouco para os que não têm de malhar o preço da feira de uma vida de dificuldades, lutas e sofrimentos para sobreviver.

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De São Paulo, 25 de fevereiro do Ano da Graça de 2021, J Rodrigues Vieira, para o Crônicas de Itarantim.