A Coluna “Fogo no Parquinho” traz a nomeação do bispo e o desafio que ele terá que combater das práticas de corrupção de muitos padres
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A coluna “Fogo no Parquinho” desta sexta-feira, 14 de fevereiro, traz informações sobre a nomeação do novo arcebispo da Arquidiocese de Vitória da Conquista, Dom Vitor. O novo arcebispo enfrentará diversos desafios, incluindo questões internas na própria estrutura da igreja particular de Vitória da Conquista.
Um dos principais desafios envolve a conduta de alguns padres e as pequenas corrupções que ocorrem nas paróquias, as quais são frequentemente praticadas por alguns membros do clero. Os paroquianos, muitas vezes, sentem medo de abordar esses assuntos devido a possíveis retaliações.
Há uma percepção entre alguns religiosos de que o que ocorre dentro da igreja não é questão pública. Discordo dessa visão. O dízimo, por exemplo, é uma contribuição de pessoas trabalhadoras que doam parte de seus esforços para a igreja. Quando esse dinheiro é desviado para fins pessoais ou outras funções, isso se torna um problema sério que, infelizmente, muitos têm receio de discutir. Isso gera um problema social afetando pessoas e acaba se tornando público.
Em algumas paróquias, há relatos de notas frias e compras exorbitantes que não têm justificativa. Chegamos a saber de uma paróquia que adquiriu gasolina suficiente para dar várias voltas pelo Brasil, mesmo sem registros que indiquem deslocamentos fora da sua região.
Notas frias em postos de combustível são uma prática comum e preocupante. Como lidar com aqueles que se acostumaram a corromper até mesmo funcionários dos postos para obter essas notas? Isso é crime e é surpreendente quando vem de uma instituição religiosa que prega valores como esperança e honestidade.
É como diz o ditado: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.” Essa realidade se aplica a muitos religiosos dentro da nossa Arquidiocese. O principal desafio para Dom Vitor será realizar uma limpeza nas paróquias, rever questões relacionadas a certos padres e, mais importante ainda, reavaliar a formação dos futuros religiosos nos seminários.
A Coluna “Fogo no Parquinho” adentra um espaço muitas vezes negligenciado: os ambientes religiosos que frequentemente cometem pequenas corrupções que podem passar despercebidas. Ou talvez não sejam tão despercebidas; pode ser apenas o medo das pessoas em abordar o tema ou denunciar.
Desejamos muita luz a Dom Vitor em sua missão, ele vai precisar! E seguimos na esperança do evangelho de uma igreja em saída e popular!