Maiquinique: Moradores criticam ausência do governo de Valéria na situação das ruas da cidade causada pelas chuvas

Parece roteiro de filme de ficção científica, mas não, é a pura e dura realidade de Maiquinique , a cidade que virou sinônimo de caos administrativo e descaso público. Enquanto a SpaceX, do bilionário Elon Musk, anuncia planos ambiciosos de levar turistas à Lua, os moradores de Maiquinique não precisam gastar milhões para sentir a experiência lunar. Basta dar uma volta pelas ruas da cidade, onde crateras e buracos fazem qualquer um questionar se está no interior da Bahia ou em uma missão espacial Lunar.
A prefeita Valéria Silveira, que deveria estar à frente das soluções, parece ter escolhido uma rota de fuga digna de um filme hollywoodiano. Desde o início do ano, ela está mais ausente do que água no deserto. Enquanto a cidade afunda em buracos e problemas, sua agenda nas redes sociais mostra uma rotina glamorosa de viagens, eventos e sorrisos fotogênicos. Parece que Maiquinique é apenas um detalhe em sua campanha de marketing pessoal, enquanto a realidade da cidade é relegada ao esquecimento.
E não faltam desculpas esfarrapadas para justificar o abandono. As chuvas do início do mês, que já fazem parte do passado, são o bode expiatório perfeito para um governo que parece especializado em culpar a natureza por sua própria incompetência . Mas os mais críticos sabem: o problema não está no céu, está na terra , onde a gestão municipal parece mais interessada em acumular likes do que resolver problemas .
E aqui vem o paradoxo mais absurdo: Maiquinique está nadando em dinheiro. Janeiro de 2023 registrou a maior arrecadação da história do município, com mais de 4 milhões e 350 mil reais entrando nos cofres públicos . Mas, ao que parece, esse dinheiro está tão perdido quanto a prefeita. Onde está sendo investido? Por que as ruas parecem cenário de filme pós-apocalíptico? Por que os servidores vivem atrasados e a população abandonada? Perguntas que, claro, não são respondidas nas fotos bem editadas das redes sociais oficiais.
Enquanto isso, os vereadores, que deveriam fiscalizar e cobrar, parecem mais preocupados em posar ao lado da prefeita em eventos midiáticos do que em representar os interesses da população. É o retrato de uma cidade que virou palco de um desgoverno que parece mais interessado em likes do que em vidas.
E então, fica a pergunta que não quer calar: até quando os cidadãos de Maiquinique vão aceitar ser tratados como figurantes no filme de ficção que virou a administração de Valéria Silveira? Ou será que, em algum momento, vão perceber que o poder de mudar essa história está nas próprias mãos? Afinal, a Lua pode até ser um destino distante, mas o abismo da negligência está bem ali, debaixo dos nossos pés dos maiquiniquenses.