Após vencer as eleições municipais em 6 de outubro, a prefeita de Maiquinique anunciou demissões em massa devido à incapacidade de honrar a folha de pagamento com mais de 416 contratados e comissionados, um número recorde para a cidade, que tem cerca de 9 mil habitantes. Durante o ano eleitoral, houve um aumento significativo nas contratações temporárias, levantando suspeitas de irregularidades e possíveis crimes eleitorais.
O Ministério Público Estadual já havia solicitado a regularização do quadro de funcionários por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que foi ignorado pela gestão. Denúncias indicam que algumas secretarias operavam com excesso de servidores, configurando um “inchaço administrativo”. Funcionários demitidos expressaram preocupação e indignação, ressaltando que contavam com suas posições para sustentar suas famílias.
A situação em Maiquinique destaca a importância da responsabilidade na gestão pública e o uso ético dos recursos. A contratação de servidores deve ser feita por meio de concurso público, garantindo imparcialidade e eficiência. A crise atual não é apenas administrativa, mas também moral, questionando o uso da máquina pública para interesses pessoais. A população merece uma administração comprometida com a justiça e a ética.
Inclusive, isso pode afetar de forma direta a prefeita Valéria Silveira (foto). Grupos opositores na cidade já entraram com várias ações na justiça para que a prefeita seja cassada por improbidade administrativa. Vamos lembrar que, se isso acontecer, será o segundo prefeito cassado em menos de três anos no município, já que o último prefeito, Jesulino Porto, também foi cassado.