Moradores da região rural do Córrego do Nado têm levantado sérias preocupações sobre o despejo de soro de laticínios diretamente em córregos que cortam a cidade de Itarantim. Durante a edição desta quarta-feira (11) do Programa Albar Sem Censura, da rádio Três Pontas FM, um morador denunciou a situação crítica, que já está prejudicando não apenas a população, mas também os animais que consomem a água contaminada.

Os moradores relatam que a água poluída, especialmente na área da ponte do bairro Senhor do Bonfim, tem causado problemas para o consumo animal. Um dos moradores afirmou ter feito várias denúncias aos órgãos públicos, mas até o momento não obteve respostas satisfatórias. Além disso, ele tentou dialogar com um dos proprietários dos laticínios, mas sem sucesso.

### Impactos Econômicos e Ambientais

Embora a atividade láctea seja vital para a economia local, gerando empregos e impulsionando o comércio, os cuidados inadequados têm gerado sérios prejuízos ambientais. O despejo de efluentes lácteos nos cursos d’água afeta diretamente pequenos produtores e compromete a qualidade da água na bacia hidrográfica.

Um estudo recente realizado por uma universidade brasileira indicou que muitos laticínios não estão cumprindo os padrões legais para o lançamento de efluentes, mesmo quando há estações de tratamento instaladas. A pesquisa aponta que o baixo aproveitamento do soro e a ineficiência no tratamento são os principais problemas.

Para garantir que os efluentes não causem alterações ambientais significativas, foi identificado que é necessário reduzir a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) em 60% a 70%. Essa simulação, afirmou o estudo, pode ser aplicada em outros laticínios para mitigar os impactos negativos no meio ambiente e aos animais.

### Espaço para Respostas

Embora nossa reportagem não mencione nomes específicos de laticínios envolvidos nas denúncias, deixamos espaço aberto para que as empresas se manifestem sobre a situação dos despejos de soro nos córregos da região.

Até mesmo para a secretaria de meio ambiente do município que é o órgão que teria a função, junto ao conselho de meio ambiente, de fiscalizar e até mesmo punir, caso constatasse crimes ambientais.

*Foto em destaque ilustrativa