Bahia: Ao menos 18 indígenas foram assassinados no estado em 2023, aponta relatório

Ao menos 18 indígenas foram assassinados na Bahia ao longo do ano de 2023, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
O estudo, intitulado “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil”, mostra que todas as mortes foram em cidades do sul e extremo sul do estado. A motivação? Disputas de terras.
Entre os casos que ganharam repercussão está os assassinatos a tiros do pataxó Samuel Cristiano do Amor Divino, de 23 anos, e Nauí Pataxó, de 16, em 17 de janeiro do ano passado, no extremo sul do estado.
Eles viviam numa retomada da Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal e foram executados quando saíram para comprar alimentos nas proximidades. De acordo com o relatório do Cimi, o povo Pataxó luta há anos pela demarcação de suas terras naquela região.
De acordo o Bahia.ba, dados colhidos pela entidade também indicam que há uma estrutura criminosa organizada e atuando sobretudo de forças de segurança pública para agredir os povos em luta pela terra, sobretudo os Pataxó, os Pataxó Hã-Hã-Hãe e os Tupinambá.
Um dos casos mais recente aconteceu na nossa região, o assassinato da indígena Nega Pataxó próximo da cidade de Potiraguá. O assassino foi um jovem que estava fazendo parte do grupo intitulado “Invasão Zero”, que defendia uma terra que foi ocupada pelos indígenas. Este triste assassinato aconteceu no mês de janeiro deste ano.