As sublinhagens da variante Ômicron da covid-19, encontradas em Salvador e mais 16 cidades baianas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), têm um alto poder de contágio, mas não costumam provocar sintomas graves nas pessoas infectadas pelos vírus.
De acordo com o infectologista Matheus Todt, é justamente pela maior capacidade de infecção da variante que ela tem sido mais comum no Brasil e no exterior. No entanto, o médico destaca que, no organismo, as novas sublinhagens têm um comportamento parecido com as antigas. “É uma variante que tem um comportamento muito semelhante às últimas. Ela tem alto contágio, mas não costuma causar formas graves da doença. Geralmente, são sintomas gripais e normais como tosse, dor de garganta e febre baixa. Agora, para quem não está imunizado com as vacinas e os reforços, ela tem o potencial de causar algo grave”, alerta o médico, orientado o público que ainda não tem o quadro vacinal completo a ir ao posto de saúde mais próximo.
Em Salvador, onde as sublinhagens foram identificadas e se aproxima o Carnaval, o público-alvo da vacinação com a bivalente, que inclui os grupos prioritários como idosos, gestantes, puérperas, imunossupressos e outros, é formado por 815.489 pessoas, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No entanto, ainda segundo a pasta, apenas 279.017 doses foram aplicadas, o que deixa a capital com 34,21% de cobertura vacinal na dose de reforço para estes grupos.
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou a cobertura geral da bivalente para pessoas de 12 ou mais, que está em 15%. Para esse público, no entanto, o último dia de vacinação disponível foi a terça-feira (6), devido a uma recomendação do Ministério da Saúde (MS).