Na noite desta terça-feira (24), durante uma sessão ordinária, a Câmara de Vereadores de Itarantim votou a favor do projeto do executivo que propõe o não pagamento dos Juros de Mora dos precatórios dos professores. O projeto foi aprovado por seis votos a favor, um contra e uma abstenção. Os vereadores Dudu dos Tutas (líder do governo), Dr. Álvaro, Pedro Paulo, Léo Ferreira, Robinho Dantas e Raimundo votaram a favor, enquanto o vereador Juarez Fernandes foi contra e a vereadora Oplínia Gusmão se absteve.
Vereador líder do governo, Dudu dos Tutas
Essa decisão gerou descontentamento entre os professores, que contavam com o pagamento desses recursos. Nas últimas sessões, houve debates intensos entre os advogados da APLB, que defendiam o pagamento, e o jurídico da Prefeitura, que afirmava ser ilegal. O vereador governista Dudu chegou a afirmar que todas as instâncias de justiça consideraram inconstitucional o pagamento dos juros.
Primeiro secretário da mesa, Leandro Ferreira (Léo), presidente da Câmara, Zeza Gigante e o segundo secretário Robinho Dantas.
Durante a votação, a coordenadora da APLB de Itarantim, Iara Cajá, esteve presente junto com alguns professores. Ela afirmou que existe a possibilidade do sindicato entrar com um recurso, mas antes consultará o setor jurídico da APLB para tomar qualquer decisão.
Uma professora entrevistada pela nossa reportagem destacou que essa sessão será lembrada como aquela que retirou direitos da classe de educadores e enfatizou que a história não esquecerá de cada vereador que votou contra.
Vereadora Oplínia Gusmão e o vereador Juarez Fernandes
Essa decisão da Câmara de Vereadores de Itarantim, dos vereadores da base governista, tem gerado indignação não apenas entre os professores, mas também na comunidade em geral. Muitos acreditam que a não realização do pagamento dos Juros de Mora dos precatórios dos professores é uma afronta aos direitos trabalhistas e um desrespeito à valorização da educação.
A repercussão negativa dessa decisão pode trazer consequências políticas para os vereadores envolvidos nas próximas eleições. A luta pela garantia dos direitos dos educadores continua, e espera-se que medidas legais sejam tomadas para reverter essa situação.