Suspeitos de envolvimento na morte de Marielle foram avisados por PM sobre ação policial em 2019
As investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) revelaram que a operação que resultou na prisão de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz em 2019, por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi vazada de dentro da Polícia Militar. Um PM identificado como Maurício Conceição, o Mauricinho, avisou aos envolvidos que no dia 12 de março daquele ano haveria uma “operação Marielle” e que pessoas seriam presas.
Mauricinho recebeu a informação de uma como Jomar Duarte, o Jomarzinho, e repassou para Maxwell Simões Corrêa, o Suel, ex-bombeiro preso na última segunda-feira (24). Mauricinho também entrou em contato com Ronnie Lessa por meio de um aplicativo de conversas secretas, o Confide.
Após conversar com Mauricinho, Suel alertou Ronnie Lessa e Élcio sobre a operação. Ainda assim, os dois foram presos naquela do dia 12 de março de 2019. Ronnie chegou a tentar fugir e Élcio não acreditava que seria alvo da operação. Eles serão julgados pelo Tribunal do Júri. Não há ainda data para a sessão.
Lessa é apontado como autor dos disparos e Élcio como o motorista usado no ataque. Já Suel é indicado como a pessoa que fez campanas para vigiar a vereadora.
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