Por 21 votos a 5, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a indicação do advogado Cristiano Zanin para assumir a cadeira de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin foi indicado ao posto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A sabatina do advogado durou mais de sete horas. Um dos principais momentos de embates foi o questionamento do ex-juiz da Lava-Jato, o senador Sergio Moro (União), sobre a sua idoneidade para analisar casos relacionados à Operação Lava Jato. Em sua resposta, Zanin disse que não chegará ao Supremo como subordinado a Lula e que estará apto a atuar em casos, desde de que não envolvam a sua atuação anterior como advogado.
Sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal, o advogado afirmou ainda que a Corte não tem o papel de legislar, nem para atuar como protagonista no sistema de poderes do Brasil. A indicação segue para avaliação do plenário do Senado, que precisa garantir 41 votos a seu favor.
Atualizado: Senado
O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (21), por 58 votos a 18, a indicação de Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal. Mais cedo, o advogado passou por sabatina de mais de 8 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e teve seu nome aprovado por 21 votos a 5.
Zanin atuou como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante dos casos da Lava-Jato. Questionado na sabatina, pelo ex-juiz Sérgio Moro (União), sobre sua atuação diante dos casos relacionados à Operação, Zanin disse que não se subordina a Lula e que não atuará nas ações que esteve como parte interessada pela sua carreira profissional anterior. De resto, está apto para votar enquanto ministro do Supremo Tribunal Federal.
A indicação foi feita pelo presidente Lula diante da aposentadoria do ministro Roberto Lewandowski. Zanin assumirá a cadeira da mais alta Corte do país aos 48 anos, portanto, poderá permanecer na cadeira por 28 anos, quando atingirá a idade compulsória de aposentadoria, 78 anos.