Em Maiquinique comunidade do Tinga enfrenta falta de estrutura para escoação de produtos
A comunidade do Tinga que pertence a cidade de Maiquinique vem enfrentando sérios problemas de estrutura há muito tempo. Tinga é considerada por muitos uma comunidade quilombola, sem o reconhecimento.
A comunidade estava num processo de reconhecimento de povos tradicionais, pelos muitos resquícios de quilombo que o Tinga tem, na forma da produção agrícola de subsistência, na economia, na forma cultural e no costume da convivência. O reconhecimento como povos tradicionais poderá trazer para a comunidade acesso à políticas públicas que são próprias para povos quilombolas, estruturas econômica, segurança alimentar e a preservação do bem cultural e outros acessos que assegura a comunidade.
Mas a comunidade enfrenta sérios problemas há tempo com gestões passada da cidade. Na tarde desta segunda-feira (02), uma das coordenadoras da comunidade nos enviou um vídeo mostrando a dificuldade que eles enfrentam quando vem as fortes chuvas e o rio que corta a comunidade enche. No vídeo eles tentam atravessar com animais carregados de produtos derivados da terra como mandioca, enfrentando um rio cheio, para chegar até a casa de farinha para começar o processo de produção dos derivados que são comercializados na cidade de Maiquinique.
A Feira-Livre da cidade de Maiquinique é praticamente abastecida com os produtos da comunidade, alimentos com muita qualidade porque são produzidos sem agrotóxicos. Costumam dizer na cidade que a feira-livre só funciona porque a comunidade comercializa.
Em contato com Patrícia, uma das mulheres coordenadora do Tinga que publicou o vídeo nas redes sociais, mostrando pessoas tentando atravessar animais com as cargas e sendo arrastadas pela força da água, ela afirmou que as gestões passadas prometeram por várias vezes a construção de uma ponte neste local. Mas segundo ela, ficou somente na promessa de campanhas de políticos que foram na comunidade pedir votos.
Há um total de 36 famílias na comunidade com um número populacional de 206 pessoas contando com crianças e adultos.
O site falou com representantes da nova administração da prefeita Valéria Silveira (Podemos) que assumiu a prefeitura no dia 16 de dezembro de 2022, contudo não tem ainda um mês. A prefeita enfrenta sérios problemas na prefeitura que foi deixada pela gestão passada, que ficou interinamente durante três meses e deixou uma dívida sem tamanho.
Mas, informação que obtivemos é que o projeto de construção da ponte será viabilizado para a comunidade que foi uma promessa da prefeita. Ainda de acordo informações, a prefeita irá buscar parceria com o governo do estado (o novo governo de Jerônimo que também assumiu agora) para sanar problemas de estruturas na cidade e a comunidade será contemplada.
Clique nos links e vejam os vídeos:
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