Eleição em Maiquinque: neste domingo eleitores escolherão um projeto dos dois apresentados
Os eleitores da cidade de Maiquinique voltarão às urnas neste domingo (27) numa eleição fora de época, ou, como chamamos de eleição suplementar, que foi decretada pela justiça por conta da cassação do prefeito Jesulino Porto (UB).
Dois projetos foram apresentados à cidade, na campanha que termina hoje sábado dia em que antecede o processo eleitoral, um projeto já conhecido, do candidato Chico Batoré (Solidariedade), que era presidente da câmara e que assumiu interinamente a prefeitura por ordem da justiça e que é apoiado pelo ex-prefeito (Jesulino) que foi cassado.
O outro projeto é o da candidata Valéria Silveira (Podemos), Valéria é uma mulher muito carismática na cidade, compôs na eleição de 2020 junto com o padre Reinaldo ao cargo de vice (perdendo aquela eleição) e logo após ganhou muita notoriedade e conquistou espaço na disputa para ser a candidata no partido nesta eleição suplementar.
Os dois projetos apresentados na cidade são totalmente antagônicos.
O projeto do candidato e prefeito interino, por hora, sofre muitas críticas na comunidade, essas críticas não vêm de partidários que acompanham Valéria e sim de uma análise mais contundente em torno do grupo de Chico, que segundo muitos, é um projeto de permanência no poder e um revezamento que já vem a mais de 30 anos do mesmo grupo na cidade. Pelo o que acompanhamos, o candidato não se importou muito com isso, por ao contrário, se associou a isso e incorporou na campanha.
Chico enfrenta sérios problemas, e ele sabe disso, que é o peso da composição de seu palanque em que carrega dois ex-gestores cassados pela justiça, no caso Jesuslino e a ex-prefeita Menininha que também declarou apoio ao postulante à prefeitura. Estes (no caso mais crítico Menininha) a comunidade não sente saudades pelos desastres das suas administrações num passado não muito distante. E estes apoios não sairão de graça, assim funciona a política de interesse particular de grupos.
Falam-se que o grupo de Valéria estão sedentos para ocupar a cobiçada prefeitura da cidade grafite, afirmam-se, para repetir práticas de grupos antigos. Essa é uma crítica que adorna a cidade, no entanto é uma crítica apenas de previsões.
Caso a vitória de Valéria venha neste domingo, ela precisa de imediato apresentar o seu projeto e começar colocar em prática de imediato, ela terá menos de dois anos para resgatar a cidade e fazer mudanças culturais, econômicas e sociais que são fundamentais, especialmente na geração de emprego e renda.
Foi fato e acompanhado por todos nós da imprensa regional que o grupo da candidata levou o debate para a comunidade em torno da construção do projeto para ser debatido na construção coletiva e, de alguma forma isso demonstra algo importante porque chama as pessoas para junto na construção. Claro que, uma coisa é a teoria outra é prática, estando lá.
Por fim, dois projetos, numa eleição cheia de complexidade e acirradíssima e, quem ganhar terá pouco tempo para arrumar a casa, afinal 2024 é logo ali e uma nova eleição acontecerá. E, no caso da derrotado (se é que podemos chamar de derrota), de alguém, na segunda-feira (28) já poderá organizar a base, que, quem ganha governa e quem perde fiscaliza. Essa é a máxima na política.
Aguardemos o resultado nas urnas em Maiquinique e boa sorte aos eleitores e aos candidatos…