O presidente, Bolsonaro (PL) que perdeu a eleição no último domingo (30) no segundo turno para o ex-presidente Lula (PT), depois de trinta anos, perderá o foro privilegiado que tinha como parlamentar e presidente. Isso é uma preocupação para ele que têm apenas dois meses para entregar o país e que irá estar vulnerável em investigações que com certeza irá recair sobre ele nestes trinta anos de cargos eletivos.

Ontem, terça-feira (01) Bolsonaro foi convidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o assunto foi a eleição e o presidente afirmou apenas que a eleição acabou, concordando assim com a vitória do presidente Lula. Foram dois dias de silêncio desde o domingo da eleição, enquanto o país pegava fogo com manifestações/barrigadas irregulares de apoiadores fanáticos que fechavam rodovias federais.

Bolsonaro passou todo seu governo em conflito com instituições como o supremo, com os ministros, com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de forma mais intensa com o ministro Alexandre de Morais, além da imprensa. Bolsonaro acusava constantemente o sistema eleitoral brasileiro, as urnas eletrônicas e chegou a querer mudanças para cédula de papel na votação deste ano insistindo na tese que as urnas eletrônicas poderiam ser alteradas. Fato constatado que as urnas são seguras.

Em primeiro de janeiro ele perderá o foro. Depois de trinta anos. Lula já montou sua equipe de transição, e, uma das coisas que terá um cuidado especial para ser investigado neste processo de transição é o orçamento secreto de Bolsonaro. Lula já tem afirmado que terá uma preocupação especial com este tema e que irá adentrar para saber o que fato Bolsonaro queria.

Mas não é somente isso. Têm ainda os ministérios, da saúde e da educação, estes foram no governo de Bolsonaro um verdadeiro passeio de turismo com muitas trocas de ministros e polêmicas na pandemia da covid-19 e no envolvimento de pastores que exigia troca de benefícios, as famosas barras de ouro. Iremos aguardar.

*Joabes Rodrigues, Crônicas de Itarantim