PF estima gasto de R$ 57 milhões para proteger presidenciáveis
Polícia Federal (PF) estima que o esquema de segurança dos candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano deve ter o valor de R$ 57 milhões. Os valores se referem a despesas operacionais de ao menos R$ 25 milhões, como pagamentos de diárias e hospedagens de agentes que acompanharão as campanhas, e outros R$ 32 milhões para compras de equipamentos, como 71 veículos SUVs blindados, coletes à prova de balas, uniformes, equipamentos de radiocomunicação e kits de pronto-socorro.
A operação inédita contará, de acordo com a corporação, com equipes dedicadas e especializadas na proteção a autoridades e fará o acompanhamento de eventuais ameaças aos presidenciáveis.
A proposta da PF foi apresentada aos partidos políticos nesta terça-feira (31) na sede da corporação, em Brasília, e ocorre em um momento de preocupação de campanhas com a eventual polarização durante o pleito.
Em 2018, episódios de violência contra candidatos marcaram as eleições. O mais emblemático foi a facada contra o então candidato Jair Bolsonaro (PL), em um evento em setembro em Juiz de Fora (MG).
Segundo o portal UOL, sete partidos estiveram presentes na reunião realizada nesta terça: PT, PDT, MDB, PCdoB, Avante, PROS e União Brasil. O PL não participou. Como presidente, Bolsonaro já conta com a segurança do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A PF estima um mínimo de 300 a 400 agentes deslocados para a operação de segurança dos presidenciáveis — número que pode ser maior a depender do risco apresentado a cada candidato e à atuação de núcleos da Polícia Federal nos Estados.
A Polícia Federal planeja que cada candidato terá um plano de segurança próprio, que será elaborado após o registro da candidatura, em agosto. Atualmente, há 12 pré-candidatos à Presidência.
A proposta levará em consideração fatores como a exposição do presidenciável, a possibilidade da candidatura atrair mais riscos ao candidato, as ameaças recebidas ao longo da campanha e os riscos da agenda específica do presidenciável em uma escala de 1 (menor risco) a 5 (maior risco).