Os municípios que já atingiram 55%, 70% ou 90% na cobertura vacinal contra a Covid-19 em relação a população alvo acima de 18 anos passarão a receber menos doses para que outras cidades menos avançadas possam acompanhar o ritmo.
Para cada percentual, um tipo de “freio” será implementado. A nova deliberação partiu da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que inclui gestores dos municípios e do governo da Bahia, e consta no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (1º).
De acordo com a publicação, os municípios com cobertura maior do que 55% de sua população alvo acima de 18 anos receberão metade das doses que forem calculadas, até que a média da cobertura estadual chegue a 55%.
As cidades com cobertura maior do que 70%, receberão 33% das doses até que a média da cobertura estadual chegue a 70%; e os municípios que já atingiram 90% de sua população alvo acima de 18 anos imunizada não receberão vacinas até que a média da cobertura estadual chegue a 90%.
A mesma resolução prevê que a distribuição de doses levará em conta a proporcionalidade de da população adulta em geral, definida por faixa etária decrescente de 59 a 18 anos. Serão 90% das doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde para esse público geral, e os 10% recentes para os grupos prioritários.
A distribuição vai considerar a população alvo acima de 18 anos de cada município, em relação ao total da população da Bahia, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano 2019 e 2020.
O documento ainda prevê que para comprovação, no ato da vacinação da população adulta em geral e suas respectivas idades, deve ser apresentado documento de identificação com foto, CPF/CNS e comprovante de residência.
Ao Bahia Notícias, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), destacou que a nova deliberação busca reverter distorções, uma vez que o Ministério da Saúde não envia doses com base na população, mas com base nos grupos prioritários. “Os municípios que já concluíram os grupos prioritários poderão utilizar 100% das doses de forma escalonada, por idade”, afirmou.
“Não é uma questão de preterir o município mais eficiente na vacinação. O critério de distribuição não era populacional, mas por grupos-prioritários e agora, o critério visa reequilibrar a vacinação nos municípios”, destacou a Sesab. Bahia Notícias.