OPINIÃO] O preço alto de figuras decorativas no poder público
É bem verdade que as primeiras-damas caminham sobre uma linha muito estreita. Pois, não foram eleitas nas urnas. Portanto, muitas vezes, ocupam cargos relevantes por serem esposas dos governantes. É muito importante o empoderamento das mulheres, mas, o que se espera é o mínimo de compreensão e entendimento nas discussões estratégicas. No governo do advogado Paulo Fernandes, a atual secretária de assistência social, Mônica Macêdo, ocupou o cargo de diretora do departamento de proteção social e projetos especiais. Porém, não conhecemos nenhuma ação estratégica que efetivamente, possa ter sido garantias de proteção e projetos especiais durante sua gestão. Naquele período, possa ser, fora nomeada por conveniências políticas e amizades; agora, elevada ao posto de secretária, a parecer, por ser esposa do prefeito. Com isso, Fábio Gusmão há de se preocupar para que sua esposa e secretária não se torne uma imagem no quadro de pimentão de enfeite. Sua função custa caro ao município, e o povo não pode continuar custeando figuras decorativas no serviço público. Como observou o presidente da câmara, Zeza Gigante, em 4 meses, a secretária municipal de assistência social “ainda não mostrou seu projeto perante uma situação de pandemia”. Assim, também cobrou o vereador Hilton Rocha. Ainda que, após 4 meses, a prefeitura tenha enviado à câmara um projeto que prevê R$100.000,00 (Cem mil reais) destinados à compra de insumos alimentícios para serem distribuídos a famílias em vulnerabilidade social por conta da pandemia, podemos notar que o governo do prefeito Fábio Gusmão mais prefere investir em negócios mecanizados de grandes e complexos contratos. Aliás, é bom lembrar que, a prefeitura só decidiu tomar a iniciativa de compra e distribuição de alimentos, após insistentes cobranças dos vereadores. Pois, um projeto semelhante do vereador Graziano de Oliveira Reis (Naninho), já havia sido aprovado.
Por assim ser, diante do momento de crise humanitária tão grave, assistência social parece não ter a mesma relevância estratégica nos negócios de governo da prefeitura. O retrato dessa infeliz conduta, fica claro, a partir do cancelamento de contrato para compra de peixes que seriam distribuídos na Semana Santa, também, ao observarmos as insistentes controvérsias quanto a distribuição do kit de merenda escolar. Ou seja, no governo de Fábio Gusmão, para os mais carentes, as ações de garantias sociais podem esperar — a fome aguenta. Enquanto para os supostos senhores de mando, máquinas têm urgências em servir e adular. E não importa o preço a pagar, eis que seus guarda-livros, ou ‘quebra-facas’, como parece preferir o prefeito, se arrastarão em argumentações tecnólogas…
Apesar de tudo, individualmente, pouco se pode reclamar do prefeito: afinal, de Fábio Gusmão não conhecemos experiências participativas em ações sociais coletivas, assim como, possui pouco exercício político. Nesse contexto, apenas experimentou o lado festivo de campanhas eleitorais emotivas (de taca à lapada). Por assim parecer ser, com essa notada ausência de garantias sociais, após 4 meses, para além dos tardios cem mil reais destinados a compra de alimentos, não só sua esposa e secretária Mônica Macêdo poderá representar uma figura decorativa e cara (de carestia) para prefeitura, também, por falta de militância política e social, o próprio prefeito Fábio Gusmão poderá vir a tornar-se uma lamentável escolha eleitoral emotiva.
De São Paulo, 13 de maio do Ano da Graça de 2021, J Rodrigues Vieira, para o ‘site’ Crônicas de Itarantim.