Fiocruz demonstra como covid-19 está entre os mais jovens na 2ª onda
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) demonstrou, em boletim divulgado nesta sexta-feira, 25, como a covid-19 está entre os mais jovens na 2ª onda. “A concentração de casos nas idades mais avançadas tem reduzido, se deslocando para idades mais jovens.”
“O país se encontra em uma situação de colapso do sistema de saúde, ao mesmo tempo que a pandemia vem ganhando novos contornos afetando faixas etárias mais jovens: 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos”, aponta a Fiocruz.
De acordo com a Fiocruz, desde o início da segunda onda, na Semana Epidemiológica 46, que se refere ao período de 8 a 14 de novembro de 2020, foi observado um aumento de procura de pacientes jovens sintomáticos nos serviços de saúde. “Este aumento foi maior que o verificado nas demais faixas etárias”, aponta a instituição.
“A investigação chama atenção para o deslocamento da incidência para faixas mais jovens e a manutenção da mortalidade concentrada em faixas mais velhas. Esta mudança ainda é inicial e contribui para o cenário crítico da ocupação dos leitos hospitalares” – Boletim da Fiocruz
Segundo a Fiocruz, ao comparar a Semana Epidemiológica 1 de 2021 e a 10 (7 a 13 de março) o aumento absoluto de casos encontrado foi de 316,88%.
“No entanto, ao analisar as faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos, os pesquisadores observaram um aumento de casos de, respectivamente, 565,08%, 626% e 525,93% – o que sugere um deslocamento para as faixas etárias mais jovens”, analisa a Fiocruz.
Quanto as mortes, a proporção é diferente. O aumento, para este mesmo período, foi de 223,10%. A faixa de 30 a 39 anos teve aumento de 352,62% e houve incremento de 419,23% para a faixa de 40 a 49 anos e de 317,08% para a faixa de 50 a 59 anos.
“A média da idade de pacientes internados vem diminuindo progressivamente. A média da idade dos casos na semana 1 de 2021 foi de 62 anos e de óbitos foi de 71 anos. Os dados mostram que na semana epidemiológica 10, os valores foram 58 anos para casos novos e 66 anos para óbitos. Esta tendência também vem sendo observada em outros países, sempre que comparados os dados de primeira e segunda onda da pandemia”, aponta a Fiocruz.
Fonte: CATRACA LIVRE