CONVITE AO PENSAR: O QUEBRA-MOLAS QUE GEROU DUAS REAÇÕES DIFERENTES NO GOVERNO FÁBIO GUSMÃO
Uma gestão por melhor que seja não acerta tudo, e por pior que seja não erra tudo. Erros e acertos existiram e sempre vão existir nos diferentes governos. O problema, entretanto, é quando os erros superam os acertos ou quando não há interesse de corrigir ou aprender com os erros. Nesse caso, é bom ficar em alerta porque como dizem alguns analistas políticos: “a fatura cedo ou tarde chega,” e acrescentam: “a fatura quando chega, vence rápido”. Digo isto, para falar do quebra-molas da Rua Oplínio Gusmão e das duas reações diferentes dentro do governo.
Quando a ação é positiva e para o bem da coletividade nada justifica truculência, força em excesso e fora de hora. A boa ação que resultou na construção do quebra-molas é uma iniciativa positiva em todos os sentidos e grau de cidadania. Iniciativa de moradores que resolveram agir coletivamente cansados de esperarem pelo poder competente, (nesse caso até aqui, dos ex-prefeitos). Uma ação de cidadãos/cidadãs conscientes em cuidar daquela parte da cidade, garantindo segurança aos mais idosos e às crianças. Ação digna de aplausos e de reconhecimento, ainda que o quebra-molas não estivesse dentro dos rigores técnicos exigidos na resolução 600/2016 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) que estabelece os padrões e critérios para sua instalação em vias públicas.
As duas reações do governo, frente a boa ação coletiva dos moradores, pareceram sair de duas mentes diferentes ou de duas alas brigando por mais poder e influência. Duas visões totalmente diferentes de entender e governar a cidade.
A primeira reação pareceu ser fruto de uma mente ou ala do governo que acredita que a força e a truculência resolvem tudo. Que acredita que a melhor função para um trator é destruir quebra-molas e inibir as boas ações populares. Essa ala/mente truculenta, fruto talvez de outros governos, agravou a reação ao mandar junto a polícia e naquele horário da noite, não que durante o dia fosse menos grave. Reação totalmente distante de uma gestão participativa e humanizada.
Já a segunda reação (onde o prefeito aparece conversando com Leandro Ludovico, líder da iniciativa) era a que deveria existir desde sempre, a imagem que se espera da nova gestão. Certamente, fruto daquela parte do governo que acredita que o diálogo é sempre o melhor caminho. Que tem consciência que as duas principais bandeiras do governo, gestão participativa e humanizada, passam primordialmente pelo diálogo respeitoso e por iniciativas populares como aquela dos moradores da Rua Oplínio de Gusmão.
Seja como for, é preciso acreditar nas boas ações coletivas dos moradores e naquela segunda reação do prefeito, que se completam. Contudo, para que o trator e a truculência desnecessária fiquem no passado, ressarcir os gastos dos moradores é importante, mas não basta. É fundamental que o justo ressarcimento seja acompanhado da construção urgente de outro quebra-molas e de menos espaço da ala truculenta no governo, se por acaso existir.